Essa é de abril, mas eu vi recentemente nas mídias sociais e me deixou aqui pensando no valor e na importância do serviço.
Desde os primórdios da humanidade, quando apareceram os primeiros restaurantes e hospedarias, estes estabelecimentos tinham a função de acolher viajantes e dar-lhes abrigo e comida, aliás daí vem a palavra restaurante (restaurar).
Já vai longe o tempo em que viajar era tão difícil, mas a tradição da recepção, do acolhimento permanece. Tudo o que desejamos ao abrir a porta de um estabelecimento público, especialmente um onde vamos nos alimentar, é ver um sorriso, uma recepção calorosa e uma gentileza.
Nada me parece mais longe disto tudo do que um robô. Esses braços desmembrados, movendo-se freneticamente para preparar drinques, dispensam líquidos. Não atenção. Como clientes queremos uma sugestão de uma bebida que nos apeteça, conhecer a mais recente criação do bartender, contar nosso dia, desfiar o rosário da nossa vida ou talvez só escutar uma história bacana. Certamente não buscamos o “nhem, nhem, nhem” sacolejante desta geringonça.
A boa notícia é que esta é uma iniciativa muito específica de um navio de cruzeiros. Os robôs parecem ainda destinados a permanecer em áreas onde são importantes como cirurgias de altíssima precisão, exploração de territórios inóspitos, manutenção de equipamentos perigosos, etc.
Enquanto isso o exército do acolhimento formado por maitres, garçons, bartenders e sommeliers, se dirige ao trabalho diariamente com a mesma mão estendida, um sorriso no rosto, coração aberto e muita vontade de ajudar.
Se como dizem por aí, cozinhar é um ato de amor, servir é um ato de carinho. Impossível imaginar uma máquina neste papel.
Saúde!