Tivemos o prazer de jantar no A Peixaria.
Mesmo estando a quase 100 km da praia mais próxima, ao fechar os olhos você quase pode sentir a areia nos seus pés.
A casa toda exala um clima praiano descontraído e leve. A decoração lembra uma mescla de peixaria com restaurante caiçara. Limpo, simples, relaxante e acolhedor.
Fomos recebidos pela simpática e competente Marina que nos ajudou nas primeiras escolhas nesta casa que tem uma filosofia super diferente.
O A Peixaria achou que buscar peixe fresco no CEAGESP todos os dias não era suficiente para garantir um produto fresco então montou uma iniciativa pioneira: o Malha 14. Um projeto que consiste na pesca com rede no litoral sul de São Paulo. Tudo o que é pescado, é trazido para a capital e estará no A Peixaria na hora do almoço. Não, você ainda não poderá degustá-los neste momento. Só a peixaria que funciona junto com o restaurante abre para o almoço. O restaurante A Peixaria serve só jantar durante a semana. Entendeu? Mas de cara você vai entender que é tudo super fresquinho.
Começamos nossa refeição com o couvert de escabeche de peixe e pãozinho fresco feito na própria casa. Quentinho, fofinho, crocante por fora, uma delícia.
Nossa entrada foram: ostras fresquíssimas, camarão no azeite e alho, lula e vieiras na manteiga de alho e mexilhões ao fantástico molho de vinho branco.
Até aqui, poucas surpresas. A não ser a execução: simples e saborosa. Todos os frutos do mar absolutamente frescos, cozidos no ponto exato e temperados com uma simplicidade arrebatadora.
Nossos pratos principais foram a marisqueira grelhada e a prejeba no sal. Assustei. Nunca nem ouvi falar destes peixes. Maravilhosos. Do litoral sul paulista. De novo uma execução cuja sofisticação reside em detalhes e não em molhos ou temperos pesados. O acompanhamento foi a sensacional pupunha com aspargos brancos e algas numa cama de purê de couve flor. Espetáculo surpreendente para encantar qualquer um e fazer a festa dos veganos.
Apesar de já termos comido demais, não resistimos provar a texturas de côco. Na verdade 5 tipos de preparo do côco: ralado e queimado, cocadinha, sorvete, espuma e biscoitinho crocante. Visualmente lembra uma praia, em boca remete ao paraíso.
Escolhemos uma taça de chardonnay chileno para harmonizar com a refeição toda, sabe como é, tempos de lei seca. Delicado, mineral e com toques marcantes de abacaxi. Um Undurraga servido a copo e arrasou. Aliás imagina este vinho com a texturas de côco… Imaginou? E tem gente que diz que vinho branco seco não harmoniza com sobremesa. Tsc, tsc, tsc.
Muito legal a experiência inteira, guiada pelas dicas da Marina.
Ao chef Cauê só nos resta agradecer pelo empenho em criar uma experiência completa bem diferente do que se encontra em Moema e dar vazão a autêntica comida caiçara. Beterrabas, batatas, legumes, farinha d’água, peixes e maricos, tudo muito fresco e preparado para realçar esta característica. Uau! Um local para afirmar: #eucomocultura.
Conheça: Av. Canário 745.
http://www.apeixariarestaurante.com.br
E não perca o nosso próximo post.